Nem Tudo é o que Parece (Segunda, 15 Agosto 2005)

Já aviso que vou contar o final do filme.

 

Fui ver na onda da Folha, que fez crítica elogiosa e deu 4 estrelas na Ilustrada. É o segundo filme ruim de gângster inglês que vejo nos últimos tempos -- o outro é I'll Sleep When I'm Dead. É chato, não vale o esforço de ir até o cinema e pagar o ingresso.

 

Depois dos filmes do Guy Richie, o marido da Madonna, acho que ando esperando demais dos britânicos neste gênero. Pelo que vi na Folha, o diretor Matthew Vaughn é amigo e produtor de Ritchie. O crítico (ou crítica, não me lembro quem era) até recomendava o filme para quem tinha gostados de Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes e Snatch.  Mas não é bem assim.

 

A idéia até parece interessante. Está mais bem apresentada no título original, Layer Cake (camada de bolo). Tem a ver com a ambição de subir socialmente, escalar as tais camadas do bolo social. Deve ser alguma expressão britânica.

 

O protagonista, que não é bem ralé nem chefão na quadrilha, quer se aposentar do crime enquanto está indo bem. Mas terá de fazer um servicinho complicado para o chefão. Aí vai aparecendo aquele bando de gente dando porrada, gritando palavrões, negociando drogas, trapaceando uns aos outros. Não há nenhum personagem muito diferente, nenhum engraçado, nenhum que se sobressaia. Algo que as obras de Richie tinham de sobra.

 

O cara apanha em alguns momentos, bate em outros. Acaba matando o próprio chefe, que, claro, não havia passado o serviço pra ele por acaso. Rei morto, rei posto. Vira o chefe. E, no fim, morre pelas mãos de um bandidinho nerd, porque roubou-lhe a bela (põe bela nisso) namorada.

 

A vida no crime é efêmera. Grande novidade!

16:15 Escrito por fiume | Permalink | Comentários (1) | Tags: filme | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir