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Sábado, 15 Agosto 2009

Na trilha do velho rio - 12

Penedo, Alagoas
Domingo, 15 de agosto de 1999

Não foi hoje que concluímos o percurso. Chegamos a Penedo à tarde e adiamos a ida à foz para amanhã. A cidade está um pouco mais distante do mar do que eu supunha.

Saímos cedo de Piranhas. Seguimos com tranqüilidade e paramos nas cidades à margem do rio para olhar: Porto da Folha, Guararu, Propriá. Fomos seguindo pelo lado de Sergipe até Propriá, quando cruzamos a ponte até Alagoas, já perto de Penedo.

Foi interessante ver como a paisagem mudou a partir de Piranhas. Desde que entramos no norte de Minas e no Nordeste, o cenário foi quase sempre de seca. A partir de Piranhas, no entanto, o verde foi aparecendo e mesmo o clima na estrada ficou mais ameno – à sombra, pois o sol continua castigante. Toda a paisagem tornou-se um grande vale verde, repleto de fazendas e plantações. O sertão ficava para trás.

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Em Penedo, o São Francisco é largo e começa a ter uma coloração também azul, além do verde. A cidade é também mais bonita do que eu supunha. É feita de puro barroco, em ruas, casas, praças, igrejas. Há várias igrejas, todas belas. Chegamos a acompanhar uma procissão em louvor a Santo Antônio, que partiu de uma igreja pequenina. Abrindo alas para o santo ou seguindo-o, gente bem simples, que parecia ter acabado de sair do banho e vestido suas roupas mais novas. Crianças fantasiadas de anjos, outras de frades e uma banda de adolescentes; velhas senhoras de cabelos presos, a seguir o grupo pelas ruas de pedra sob o sol intenso do meio da tarde.

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Chegamos ao fim da segunda semana de viagem. Parece bem mais! Passamos por tantos lugares, vimos tantas pessoas e a paisagem já mudou tanto que é como se estivéssemos na estrada há mais tempo. A Serra da Canastra, onde o percurso foi iniciado, parece bem mais distante, no relógio ou no mapa.

Amanhã tudo termina. Espero... Iremos de carro até um povoado vizinho, Piaçabuçu. Pretendemos alugar um barco de pesca que nos leve ao mar, pelo rio.


PS: 1. Só para registrar, sonhei que minha avó havia morrido. Eu e minha mãe subimos não sei por que no terraço de um edifício. Ela nos seguiu. Parecia cega. Caiu. Tentei impedir que ela chegasse à beira. Não pude olhar para baixo, para vê-la. Minha mãe olhou. Eu chorava muito.

2. Gustavo está preocupado. Cecília o pressiona para voltar.

11:35 Escrito por fiume em Aventura, Fotografia, Viagem | Permalink | Comentários (0) | Tags: aventura, fotografia, viagem | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

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