Quarta, 20 Dezembro 2006
Kieslowski
Assiti ao filme pela primeira vez no cinema, na época do lançamento — tive de pesquisar na internet (ô, memória); foi em 1994. Dos três, foi aquele de que mais gostei. Talvez porque a incomum amizade entre uma jovem e um velho (a esperança e a desilusão) seja mais explícita do que a busca da mulher de A Liberdade é Azul (1993) pela superação de uma tragédia pessoal (a libertação) ou a do homem de A Igualdade é Branca (1994) por equiparação (ou vingança?) após o divórcio.
(Abri o parêntese porque devo fazer uma ressalva. Vi os dois primeiros filmes também no cinema, na época em que foram apresentados. Portanto, não posso estar tão seguro assim quanto à comparação com o terceiro, uma vez que, reitero, falo por memória afetiva).
Também adoro a forma como Kieslowski nos conta a história do velho, por meio do jovem juiz, antes de o próprio personagem fazê-lo. Havia algo assim nos outros dois filmes? Não me lembro.
Sem falar na brincadeira do acaso, presente nos três filmes. Sempre fica legal no cinema, quando bem feita
Dias atrás, revi Não Amarás (1988), do decálogo do diretor sobre os mandamentos — destes, só assiti ainda a Não Matarás (1988), mas dele já não me lembro nada. Como é triste ouvir a mulher dizer ao garoto que “o amor não existe”! Há algo semelhante, não bem em palavras, no velho juiz de A Fraternidade. Não Amarás é tão simples como bonito.
Depois de Não Amarás e, mais ainda, de A Fraternidade, me deu uma vontade louca de rever A Liberdade e A Igualdade. E também A Dupla Vida de Veronique (1991), com a mesma bela Irène Jacob de A Fraternidade e que, confesso, lembro apenas de ter ficado meio perdido na história ao deixar o cinema — provavelmente o Cine Cultura, em Goiània (ainda existe?), o único na minha época de faculdade que exibia estes filmes na cidade. Quem sabe agora, uns 15 anos depois, Veronique também surpreenda a minha memória.
00:30 Escrito por fiume em Filme | Permalink | Comentários (0) | Tags: cinema | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Segunda, 18 Dezembro 2006
Cassino Royale
Nada contra o Bond loiro. É meio estranho, mas funciona. E Daniel Craig é um ator melhor que o Pierce Brosnan. Já tinha visto alguns filmes dele (Nem Tudo é o Que Parece, Estrada para a Perdição, Munique). Ele é bom. Mas é feio. Talvez as garotas digam que ele é quase feio. Tudo bem.
O filme é bom, sim. Tem roteiro. A introdução é bem bacana. Os diálogos entre 007 e Vesper Lynd (ave, Eva!) são a melhor parte. E há um trecho com certa tensão: o do jogo de pôquer. Curioso é que não há gadgets. Dá para prever algumas coisas, mas, vá lá, é um filme de ação.
Saí do cinema com a sensação de que a diversão vale o ingresso. E olhe que eu devo ter ido à sala mais cara do país — Cinemark com lugar marcado, por R$ 21; até o Roberto Justus estava lá.
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Sábado, 02 Dezembro 2006
Geometria
00:10 Escrito por fiume em Artes | Permalink | Comentários (1) | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir