Quarta, 27 Janeiro 2010
Caim

José Saramago volta a brincar —ou brigar— com Deus, a exemplo de O Evangelho Segundo o Filho.
Em Caim, falta a grandeza do anterior —a passagem da barca, em que Deus e Diabo tentam Jesus, é genial. Há, porém, uma muito divertida ironia, certamente a melhor característica no livro.
O autor usa Caim como ponte para espezinhar boa parte do Velho Testamento —Babel, Abraão, Jó, Noel... Além de irônico, o Caim de Saramago é descrédulo. Pena que, como mostra a passagem final sobre Noé, para Caim os fins justificam os meios. Algo que não o difere tanto assim do Deus do livro.
23:49 Escrito por fiume em Literatura, Livros  | Permalink  | Comentários (0)  | Tags: livros | 
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