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Terça, 08 Novembro 2005

O contador – 2

É assustador descobrir o quanto o Brasil é um país com uma educação deficiente. Recebi uma carta do presidente da associação de docentes de uma universidade federal no interior de Minas em que ele faz algumas considerações sobre uma reportagem e, por fim, parabeniza o Estadão pela qualidade cecular do jornal. Um professor universitário!

 

O contador de visitas que instalei no blog – que até já foi assunto de um post (ver O contador) – também me deu um exemplo curioso dessa deficiência. Ele mostra, entre outras coisas, como o visitante entrou no blog. Muitos o fizeram por meio de sites de buscas.

 

E muitos destes estavam pesquisando sobre filmes em geral ou específicos. O problema, para o meu espanto, é que várias escreveram fiume em vez de filme. Exemplos (as palavras grifadas são exatamente as digitadas):

 

De Brasília, via MSN: fiume de aventuras.

Do Rio, via Cadê: sexo em fiume.

De Tanque, no Espírito Santo, via Google: de volta a terra do nunca o fiume.

De Campo Grande, pelo Google: fiume de sexo.

De São Paulo, pelo Google: fabrica de chocolate o fiume.

De São Paulo, via Google: o fiume zorro.

De Brasília, pelo Google: fiume de um morto muito louco.

De São Paulo, pelo Google: um  fiume  de  carro.

De Xaxim (PR), via Cadê: fotos do fiume quarteto fantastico.

De Santos, pelo Google: sexo fiume.

De Ourinhos (SP), Google: fiume de carro.

De Brasília, Google (pelo visto, ele queria uma cópia pirata): fiume 2 filhos de francisco para baixar.

De São Paulo, Google: fiume do mickey.

De Goiânia, pelo Google: fiume sexo.

De São Paulo, Google: fiume de guy.

De São Luís, no Acre, pelo Google: mulher gato o fiume.

De São Paulo, pelo buscador do Terra: fiume de hoje no cinema.

Do Rio de Janeiro, Google: quarteto fantastico o fiume.

De Hamamatsu, no Japão (estava longe o cara, não?), pelo MSN: fiume de sexo.

Do Rio, pelo MSN: dvd fiume.

De São Paulo, pelo MSN: ver fiume sexo.

Do Rio, pelo Google: fiume 2 filho de francisco.

De São Paulo, via MSN: fiume de sexo.

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Segunda, 07 Novembro 2005

Caixa 2

Jean, da Folha. Gostei da lágrima do Lula:
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Domingo, 06 Novembro 2005

De volta pra casa

Gosto, particularmente, de viagens pessoais. Por isso me interessei por Hora de Voltar, filme idependente dirigido e roteirizado por Zach Braff, um cara que faz a série televisiva Scrubs – que eu nunca vi. É dele também o papel principal.

 

No filme, Braff é um jovem ator de TV em Los Angeles não muito bem-sucedido, que vive permanentemente num estado letárgico por conta dos medicamentos que usa, prescrevidos pelo próprio pai psiquiatra. Ou seja, o pai ainda mantém grande domínio sobre o filho. Volta para casa, em Nova Jersey, após 9 anos de ausência, para o enterro da mãe tetraplégica.

 

Começa aí sua viagem pessoal. Na sua pacata cidade natal, ele reencontra velhos amigos, faz uma nova amizade e exorciza velhos fantasmas. Não é nada criativo, reconheço. Mas o filme não é ruim. Talvez o defeito é que seja uma viagem juvenil demais.

 

Hora de Voltar tem um ritmo lento, mas contínuo, uma trilha sonora que casa bem com essa lentidão e atores que dão boa veracidade aos personagens, entre eles Ian Holm, como o pai, e o próprio Braff. Mas o destaque é mesmo Natalie Portman, como uma mentirosa compulsiva.

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Sábado, 05 Novembro 2005

Noblat – 2

Não é que estreou? Blog do Noblat

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Isto é Brasil

A história todos se lembram. Passou ao vivo na TV. Foi mesmo um show. Depois de um assalto frustrado, Sandro do Nascimento manteve reféns os passageiros de um ônibus durante um cerco policial no Jardim Botânico, no Rio. O desfecho provocado pela incompetência da polícia: seqüestrador e uma refém mortos – a professora Geisa Firmo Gonçalves, de 20 anos.

 

Todo mundo que viu odiou o cara. Estava lá um marginal, um criminoso mesmo, com um berro na cabeça de pessoas inocentes. Era simples. Merecia estar morto. Ponto.

 

O problema é que não é tão simples assim. E não é questão de defender bandido.

 

Ônibus 174, documentário de José Padilha lançado em 2002, mostra por quê. É genial. É uma reportagem minuciosa, detalhada. Vai intercalando as cenas malditas no ônibus com entrevistas – policiais que participaram da trapalhada operação, jornalistas e cinegrafistas que fizeram a cobertura, analistas, comparsas de Sandro, parentes, as vítimas do seqüestro –, cenas de reformatórios juvenis e prisões e trechos de documentos dessas instituições.

 

Está tudo ali no filme. Todas as causas desta tragédia, aquelas mesmas de sempre: miséria, desigualdade, despreparo policial, incompetência política. Nossa incompetência.

 

Sandro faria 22 anos em 2000, quando ocorreu o episódio. Não sabia ler nem escrever; nunca tinha trabalhado. Aos 10 anos, assistiu a uma cena grotesca: sua mãe, grávida de gêmeos, foi degolada num bar. Foi viver na rua. Roubava. Cheirava cola e coca. Em 1993, era um dos meninos de rua que dormiam sob uma marquise na Candelária. Viu 8 de seus colegas serem assassinados a tiros por policiais militares. Sobreviveu. Fugiu de reformatórios e prisões.

 

Tudo isso culminou ali, no episódio do seqüestro, um grito para todo o País. Ou consertamos um monte de coisas e cuidamos bem de nossos cidadãos ou vamos continuar jogando em covas Sandros e Geisas.

 

Ônibus 174 é um filme que deve, obrigatoriamente, ser visto. Escancara na tela por que o Brasil é o Brasil. De um ponto de vista jornalístico ou cinematográfico, Sandro é um belo personagem. De um ponto de vista da realidade, Sandro é um personagem esplêndido. Infelizmente.

00:15 Escrito por fiume em Filme | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Sexta, 04 Novembro 2005

O caixa 2 do PT é seu

Se for de fato verdade – e provavelmente é –, tudo o que o relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse nos últimos 2 dias significará uma só coisa: o dinheiro que abasteceu o caixa 2 do PT veio de seu, do meu, do nosso bolso.

22:37 Escrito por fiume em Sociedade | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Noblat

Adiada a estréia do blog de Ricardo Noblat no Portal Estadão. Estava prevista para este domingo, mas houve problemas técnicos de hospedagem.

16:45 Escrito por fiume em Blog, Jornalismo, Web | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Sobre Lula e Bush

(...) – se eles estão no caminho certo da história, se eles descobriram qual o rumo certo do desenvolvimento do mundo, o que importa revelar identidade de agente secreto ou saquear o estado e subornar parlamentares? É tudo para um bem comum. Agora, têm de responder por ilegalidade que realmente talvez eles nem compreendam. (...)

 

Copiado descaradamente de River Run

15:25 Escrito por fiume em Blog, Sociedade | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Quinta, 03 Novembro 2005

Tradição italiana?

A proposta é velha, mas está no site do diário italiano Corriere della Sera. Por conta da crescente queda no número de padres, um sacerdote de Bologna pede que a Igreja Católica abra o debate sobre o fim do celibato para os religiosos. Não seria para qualquer um. Apenas os homens casados de comprovada fé, etc, etc, etc... O site pergunta aos seus leitores se eles concordam.  É curioso porque a Itália é o mais tradicional dos países católicos.

Resultado final, com 7.129 votantes:

Sì - 67.61%
No - 32.39%
 

20:08 Escrito por fiume em Religião | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

O monstro é humano

No início de A Queda, Traudl Junge diz: "Sinto que deveria estar brava com aquela jovem ou que não deveria perdoá-la por não se dar conta dos horrores do monstro, por não se dar conta de onde estava se metendo. A curiosidade me dominou. Eu simplesmente não pensei que o destino me levaria a um lugar onde eu não queria estar. Mesmo assim, é muito difícil me perdoar por ter feito aquilo." É um depoimento sincero. Quem o faz é a idosa sobre a jovem – ela própria – que aos 22 anos se tornou a secretária pessoal de Adolf Hitler, em 1944.

 

O depoimento introduz o filme em si – e é também seu desfecho: "Ser jovem não era desculpa". A partir da história de Traudl – que seguiu com a vida, morrendo em 2002 –, A Queda recria o desfecho da potência alemã. Mostra Hitler em seus últimos momentos, recluso no bunker sob a Chancelaria Alemã, enquanto o exército russo vai conquistando Berlim.

 

O interessante é como Hitler é mostrado. O filme dá-lhe uma dimensão humana. Ele é amável com a secretária, com suas assistentes, beija sua pastora alemã. Mas está enlouquecido com a derrota iminente. Despeja ordens aos berros, mostra seu ódio contra os judeus, manda executar o oficial de ligação com o ministro do Interior, porque este está tentando negociar uma rendição – o oficial é cunhado de sua mulher, Eva Brown. Recusa-se sempre a deixar Berlim. O ator que o interpreta, Bruno Ganz, é espetacular. Faz um Hitler banal, bem longe do estereótipo demoníaco.

 

A cada notícia sobre o avanço russo, um desespero frio toma conta do bunker. Eva conclama todos a dançar, muitos oficiais estão bêbados, outros discutem formas de suicídio. A cena que recria o destino dos seis filhos do ministro da Propaganda, Josef Goebbels, é impressionante.

 

Fora do bunker, o bombardeio russo é incessante e as milícias da SS executam supostos desertores e cidadãos fugitivos. Berlim está em ruínas.

 

Imagino uma guerra como o mais real dos pesadelos. A Queda, que ganhou o subtítulo As Últimas Horas de Hitler, mostra o Führer vivendo, enfim, o seu. É um filme genial.

00:10 Escrito por fiume em Filme | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Quarta, 02 Novembro 2005

Moreira Leite e Noblat

O Estado contratou Paulo Moreira Leite (ex-Veja, ex-Época, ex-Diário de S. Paulo). E Ricardo Noblat (ex-Correio Brasiliense, ex-IG) estréia coluna no jornal e seu blog no Portal Estadão, ambos no domingo.

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O visual é o destaque

É divertido. Mas não tão engraçado. O enredo de A Noiva-Cadáver, de Tim Burton e Mike Johnson, é tão simples que fica fácil demais saber o caminho que ele vai seguir. O sujeito tímido vai se casar com uma noiva que não conhece, por interesse das famílias de ambos, mas se atrapalha e acaba se casando com uma mulher morta que foi vítima de um feitiço.

 

Para quem já viu os filmes de Burton, não há nada de muito diferente. As canções atrapalham um pouco, mas reconheço que este é uma questão particular – não curto cantorias.

 

O melhor ficou por conta do visual rico obtido com a técnica de animação stop motion – os traços dos personagens são quase todos genialmente grotescos –; algumas piadas – mórbidas, claro –; e as ótimas interpretações de Helena Bonham Carter, Johnny Depp, Emily Watson e Christopher Lee.

 

Mas, como todos os filmes de Burton, tende a se tornar um cult. 

00:00 Escrito por fiume em Filme | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Terça, 01 Novembro 2005

Feliz 1993

Bilhete manuscrito endereçado ao jornalista Clóvis Rossi, da Folha, na época da queda de Fernando Collor:

Nossa expectativa era retirá-lo algemado da Casa da Dinda. Conseguimos, até o momento, a renúncia. Valeu a luta e o sabor da vitória de resgatar a ética na política.

Feliz 1993

Aloizio Mercadante

14:50 Escrito por fiume em Sociedade | Permalink | Comentários (2) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir