Quarta, 30 Maio 2012
Talese
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Quarta, 21 Março 2012
Eu tive uma filha em 1998
C2 - O ESTADO DE S.PAULO CIDADES SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 1998 CRÔNICA
Débora e as cores dos dias
RODRIGO FIUME
Lembrei-me desta história ao ler a crônica do Ignácio de Loyola Brandão no caderno de ontem – escrevo o nome inteiro para não dar a impressão de “entrão”. Não tem nada a ver com os temas abordados, mas ele citou uma criança doente e veio à minha cabeça a imagem de Débora. Eu lia o jornal, de manhã, na sacada do apartamento, como de costume. Faz quase um ano, acho. Era uma segunda-feira. Notícias de sempre – ficou difícil encontrar assuntos novos atualmente. Drogas, juros, sem-terra.
Débora estava feliz, embora um tanto quieta. Havia tido febre, por conta de uma inflamação de ouvido, durante quatro dias seguidos, mas, felizmente, já tinha passado. Ela assistia na TV àqueles programas infantis bobos (certa vez, pensei em tentar evitar que ela visse tanto esse tipo de programação, mas acabei cendendo ao argumento da minha irmã, Raquel, psicóloga, de que eu jamais conseguiria convencer Débora do motivo de ela não poder ver o que todos vêem. “Vai sempre criar um atrito”, se bem me lembro, foi o que Raquel me disse, na linguagem típica da área).
Sentada no tapete, olhando um pouco para o alto para ver a TV, ela até parecia não estar prestando muita atenção no programa. Balançava a cabeça para um lado e para o outro e ficava dizendo uma expressão engraçada: “Pitpitbolipitbolipopof.”
Como Débora estava ocupada, descuidei-me um minuto dela.
“Pai, por que que o domingo é vermelho?”
Por que o domingo é vermelho?!
Não havia percebido até então, mas ela estava do meu lado. Trazia na mão uma boneca Barbie. Presente da Irene. No dia anterior, ela havia ficado “de mal” comigo. Débora queria de qualquer jeito ir brincar no playground do prédio e eu, naturalmente, não deixei. Falei que ela ainda estava doente e não podia sair. Tinha de ficar em casa, descansando, até sarar. Essas coisas. Ela retrucou: “Mas hoje é domingo, paiiii.”
Domingos são sempre, ou quase, bons para as crianças – o quase fica por conta da minha professora de história da 7.a série, que sempre marcava as provas na primeira aula da segunda-feira. São dias de brincadeira.
Voltando à pergunta, não posso dizer que estava realmente preparado para respondê-la. Parece que nunca estamos – ou estou, se preferir. Por um instante, procurei por Fernanda. Acho que queria ajuda para sair dessa, mas logo percebi que era bobeira fugir. De qualquer forma, Fernanda havia saído (“Tchau, tô atrasada.”). Eu estava só em casa com Débora. Diante do inevitável, tentei ganhar argumentos: “Quem te disse que o domingo é vermelho?”
“Ninguém, ué.”
“Então como você sabe?”
“Porque é, paiiii.”
Crianças acabam achando que os pais sabem tudo. Eu pelo menos achava. Mas para uma pergunta dessas... “Bem, mocinha, se você diz que ele é vermelho, é porque é mesmo vermelho. Mas eu não sei te dizer por quê.”
Débora ficou me olhando, em silêncio. Colocou o dedo na boca, mas logo o tirou. Ela ficou um pouco decepcionada. Eu até poderia encerrar o assunto ali, mas fiquei curioso com a história de uma menina de 3 anos e seu domingo vermelho. Prossegui: “Moça, vem cá. Por que você acha que o domingo é vermelho?”
“Por que é.”
Abordagem errada. Outra tentativa: “Mas ele é vermelho como, de que jeito, claro, escuro?”
“Sabe quando você fica olhando pro Sol e fecha os olhos? É assim, vermelho.”
Domingo, Sol e vermelho. Que combinação!!! É mesmo engraçado pensar que um dia tem cor própria. Acho que nunca havia pensado nisso. Mas, se o domingo é vermelho, que cor teria outro dia, como o sábado?
“Verde”, ela respondeu.
A gargalhada foi inevitável. Acontece cada coisa. Naturalmente, fiquei curioso para saber por que ela achava o sábado verde, mas Débora não conseguiu me explicar nem fazer uma relação como a do Sol. É claro que eu queria saber se os outros dias também tinham cor, mas acabei juntando os demais como “os dias da semana”.
“Dia de semana, o que é dia de semana?”
Errei na pergunta. Às vezes me esqueço de deixar de ser adulto. Expliquei que eram os dias em que ela ia à escola.
“Ah, esses são chuviscos.” Chuviscos?! “É, pai, chuvisco.” Mas chuvisco não é cor, pensei. “Você tá dizendo que os dias de escola têm cor de chuvisco? Como são esses chuviscos?”
“Chuvisco, ué, que nem na televisão.”
E agora?
“Uma vez, a TV parou de passar o desenho e ficou passando um monte de chuvisco. Mamãe disse que era chuvisco. Depois o desenho voltou.”
Ah! Os dias de semana tinham cor de TV fora do ar.
■ O jornalista Renato Lombardi está em férias
PSs.:
1. Todas as pessoas existem, mas não são exatamente o que está no texto. Débora, na época, tinha mesmo 3 anos. É filha do Sérgio, um amigo --infelizmente hoje falecido. Fernanda é uma amiga, assim como Irene -- ela adora Barbies. E Raquel é mesmo minha irmã, psicóloga hoje não mais praticante, que certa vez me falou da história do "atrito".
2. Aos amigos fotógrafos: reparem no crédito da foto.
3. O mais engraçado dessa história foi que me descobri um mentiroso competente. Várias pessoas, indignadas, vieram me questionar: "Como é que você nunca me falou que tem uma filha?"
12:11 Escrito por fiume em Jornalismo, Memória | Permalink | Comentários (2) | Tags: jornalismo, memória, crônica | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Quarta, 13 Julho 2011
Vila Madalena, território criativo e diversificado
Texto publicado no jornal digital A Redação, de Goiânia.
Vila Madalena, território criativo e diversificadoRodrigo Fiume
À luz do dia, a pé, a dois, a três ou a seis, a Vila Madalena pode ser bem diferente do que você conhece ou imagina. Tenho certeza de que você, amigo leitor, já ao menos ouviu falar do bairro da zona oeste de São Paulo e de sua fama noturna.
Mas, acredite, há muito mais a ver numa simples caminhada diurna do que os conhecidos bares e restaurantes.
A Vila é um território criativo e diversificado, que tem da comida natural ao churrasco argentino, da loja de roupas de tecido orgânico à grife nacional, da carta de vinhos e cervejas importadas ao boteco da esquina.
Ali estão lojas de roupas e decoração, butiques, cafés, délis, studios, spas, galerias e ateliês, localizados em ruas arborizadas —algumas são bem inclinadas; umas têm muros grafitados— de nomes simpáticos, como Harmonia, Girassol, Fildaga e Simpatia.
Para começar, é fácil chegar. Pode ser de metrô (a linha 2-verde, a mesma que passa pela avenida Paulista) ou de táxi (qualquer motorista sabe te levar lá). E num dia ensolarado, você pode até esbarrar em gente conhecida, como o roqueiro João Gordo, a cantora Céu, o ex-tenista Fernando Meligeni e o padeiro Olivier Anquier, todos moradores do bairro.
Um bom exemplo de criatividade e diversidade é o Lá na Venda —almocei lá na quinta-feira, 7. É uma venda, uma lanchonete, um restaurante orgânico. Você pode comprar toalhas, lençóis e echarpes de tecido orgânico, pulseiras, brincos e pequenos objetos de decoração. Ou tomar um café com bolo ou pão de queijo (que já foi eleito o melhor da cidade). Ou almoçar. Tudo ali num ambiente bacaninha, com cara de coisa do interior.
Algo legal de se fazer compras na Vila é que muito do que você encontrar serão peças exclusivas ou de pequenas tiragens. As lojas de roupas, por exemplo, são normalmente de propriedade dos próprios estilistas ou têm seus próprios criadores, como Maria Faceira, Dona Pink, Blushoes e a infantil, de nome bem sugestivo, Santa Paciência (por falar em crianças, a loja de brinquedos educativos Pindorama é bacana). O famoso estilista Ronaldo Fraga também tem sua loja lá.
A Vila tem um forte lado "natureza e sustentabilidade". Há restaurantes naturais, como oBanana Verde (este eu acho bem legal) e o Quintal dos Orgânicos (também um mercado de produtos orgânicos), e lojas com materiais sustentáveis, como a Eden (roupas feitas com algodão 100% orgânico, inclusive jeans, e corantes naturais) e a marcenaria LLussá.
A grife carioca Farm, presente em muitos shoppings do país, tem ali uma bonita loja num prédio conceitual com paredes vivas (atenção arquitetos: o projeto, do escritórioTriptyque, é sensacional).
Em sua parte artística, vamos assim dizer, o bairro tem mais ou menos 60 ateliês de artistas plásticos e artesãos, que fazem de móveis em madeira a peças de cerâmica, de jóias a pinturas e esculturas. Num fim de semana por ano, os ateliês abrem suas portas no projeto Arte na Vila, que oferece vans para que os visitantes possam circular entre eles —o de 2011 foi em abril.
Se no meio da caminhada vier a fome, você estará mesmo no lugar certo. Há muitas, muitas, muitas opções.
Algumas para almoço:
- Saj (restaurante árabe com preços bons; tem um pão feito numa chapa —a saj do nome— que é sensacional);
- Martin Fierro e Che Barbaro, ambos argentinos (o primeiro é mais recluso, bom para um almoço tranquilo com vinho; minha sugestão é a fraldinha, chamada pelos portenhos de vacio; o segundo é legal para uma reunião familiar ou de turma de amigos regada a cerveja Quilmes ou Norteña);
- Rosa Maria (proposta interessante de comida caseira com pratos para duas pessoas; gosto muito do brandade de bacalhau);
- Tanger, marroquino (ambiente colorido, bonito);
- Santa Gula, comida contemporânea cuidadosa (interessante é que a decoração está toda à venda);
- Spadaccino, italiano (boas massas, bom ambiente, perfeito para casal);
- Emprestado, comida brasileira (parte do cardápio é "emprestada" de outras regiões do país; um dos pratos, por exemplo, é da nossa Pirenópolis);
- Melograno (é uma forneria, com sanduíches para harmonizar com sua carta de 150 cervejas especiais ou artesanais do mundo todo, uma das melhores da cidade; prepare-se para o valor da conta, mas, se você é uma amante da cerveja, não perca essa chance).
Outras para um lanche:
- Lá Na Venda, que mencionei acima (peça um expresso da marca Orfeu);
- DeliParis (prove os macarons);
- O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo (o nome é pretensioso, mas a loja de origem portuguesa faz mesmo bolos bacanas com chocolate belga; o bom café é Suplicy);
- Stuzzi, gelateria italiana (o sorvete Cioccolato di Origine, com 75% de cacau da Tanzânia, é muito bom; o café é Orfeu; uma curiosidade: preste atenção na música ambiente, uma transmissão de rádios italianas).
Bem, esse é apenas um pequeno texto de sugestões —algumas, por sinal, bem pessoais. Tenha em mente que o bairro está sempre mudando; casas vão "morrendo", outras vão surgindo. E pode ter certeza: a Vila Madalena tem muito mais. Caminhe sem pressa e curta sem moderação.
PS.: Se precisar de mais informações, pesquise em sites do bairro, como o Guia da Vilaou o Vila Mundo. Ou me mande um recado no Twitter: @rfiume.
11:22 Escrito por fiume em Coluna, Jornalismo, Vila Madalena | Permalink | Comentários (0) | Tags: sao paulo, vila madalena, coluna | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Segunda, 11 Julho 2011
Cidade dos edifícios é mais bonita do que você imagina
Texto publicado no jornal digital A Redação, de Goiânia.
Cidade dos edifícios é mais bonita do que você imaginaRodrigo FiumePonte Octavio Frias de Oliveira, conhecida como ponte Estaiada, na marginal Pinheiros
São 11.253.503 pessoas, vivendo em 3.935.645 domicílios, locomovendo-se em 7.061.626 veículos. Todos os dias, 2.420.920 crianças e adolescentes vão para a escola; a cada hora, nascem 21 bebês. Há 12,5 mil bares e restaurantes, 263 cinemas, 124 museus...
Sim, eu sei, você sabe, todos sabemos. São Paulo é a maior cidade do país. Tudo aqui é superlativo, grande, exagerado. Você já viu essa imensidão toda do alto? Beeem do alto?
Vista num voo de helicóptero, a cidade dos edifícios e dos viadutos é bem mais bonita do que você, caro leitor, imagina. A época, por sinal, é perfeita: o inverno tem pouca chuva na cidade e a possibilidade de o dia estar ensolarado é boa.
Muitas empresas fazem voos panorâmicos, de meia a uma hora de duração, a partir de R$ 500 o casal —algumas também têm pacotes românticos, com jantar e hospedagem. Mas fique de olho nos sites de compras coletivas, pois eles podem fazer esse valor cair pela metade.
A aeronave parte do Campo de Marte, na zona norte, em roteiros sobre pontos como as marginais, a ponte Estaiada, os estádios do Morumbi, Pacaembu e Palestra Itália (este atualmente passando por uma grande reforma), o parque Ibirapuera, a avenida Paulista e o centro.
O voo é suave e o tempo passa rápido. É bom prestar atenção nos locais. No meu voo, por exemplo, perdi o Masp. Mas consegui boas fotos de pontos bacanas, como o prédio do Banespa, o estádio do Morumbi e a Catedral da Sé. Por falar nisso, ajuste sua câmera numa velocidade alta de disparo ou no modo esportivo. E clique, clique, clique, clique à vontade.
11:20 Escrito por fiume em Cotidiano, Fotografia, Jornalismo | Permalink | Comentários (0) | Tags: fotografia, jornalismo | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Terça, 10 Maio 2011
NYT
Fachada do prédio e redação do New York Times, na 8a Avenida com 40
11:10 Escrito por fiume em Fotografia, Jornalismo, Nova York | Permalink | Comentários (0) | Tags: fotografia, jornalismo, nova york, new york times | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Quarta, 04 Maio 2011
Protesto
Marco Zero, na segunda-feira
14:39 Escrito por fiume em Fotografia, Jornalismo, Nova York | Permalink | Comentários (0) | Tags: fotografia, nova york, jornalismo | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Comemoração
Homem comemora no Marco Zero a morte de Bin Laden; o prédio em construção ao fundo é uma das torres do novo complexo WTC
10:29 Escrito por fiume em Fotografia, Jornalismo, Nova York | Permalink | Comentários (0) | Tags: fotografia, nova york, jornalismo | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Terça, 03 Maio 2011
Minha foto na Folha.com
10:14 Escrito por fiume em Fotografia, Jornalismo, Nova York | Permalink | Comentários (0) | Tags: fotografia, nova york, jornalismo | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Minha foto na capa
Primeira página da Folha, edição Nacional
08:05 Escrito por fiume em Fotografia, Jornalismo, Nova York | Permalink | Comentários (3) | Tags: fotografia, nova york, jornalismo, folha de s.paulo | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Segunda, 02 Maio 2011
Meu texto na Folha.com
Após morte de Bin Laden, Marco Zero atrai milhares de turistas em NY
RODRIGO FIUME
EM NOVA YORK
Após uma madrugada de comemoração pela morte de Osama bin Laden, a região do Marco Zero, onde ficavam as torres gêmeas do World Trade Center, em Manhattan, foi tomada desde a manhã desta segunda-feira por milhares de turistas, policiais, jornalistas e alguns parentes de vítimas dos ataques de 11 de setembro de 2001. (Leia mais na Folha.com)
23:30 Escrito por fiume em Jornalismo, Nova York | Permalink | Comentários (0) | Tags: nova york, jornalismo, folha de s.paulo | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Sábado, 16 Abril 2011
Bill Cunningham New York
Boa história, bom personagem.
Bill Cunningham, 81, registra a moda de rua em Nova York faz uns 50 anos. Percorre as ruas numa bicicleta --não guardei quantas ele disse que já teve, mas me lembro de quantas já lhe foram roubadas: 28.
Usa filme. Publica no NYT. É reconhecido por figuras como Tom Wolfe e Anna Wintour.
É simpático, recluso, obsessivo. Tocante. Expõe-se de forma sincera e íntegra.
"It's as true today as it ever was. Who seeks beauty will find it", diz.
Bom documentário.
00:06 Escrito por fiume em Filme, Fotografia, Jornalismo, Nova York | Permalink | Comentários (0) | Tags: filme, fotografia, jornalismo, nova york | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Domingo, 23 Janeiro 2011
Festa Folha 2010
Festa da Folha de S. Paulo
01:27 Escrito por fiume em Amigos, Fotografia, Jornalismo | Permalink | Comentários (2) | Tags: fotografia, amigos, jornalismo | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Segunda, 20 Setembro 2010
Vida de Escritor
Há um quê de decepção e outro de surpresa em Vida de Escritor, autobiografia de Gay Talese lançada em 2006.
O primeiro é porque, ao narrar sua própria história, Talese reuniu nela vários projetos de livros/reportagens que demandaram grande esforço financeiro, físico e intelectual, mas não vingaram: a atacante chinesa que perde pênalti decisivo na final da Copa do Mundo, a história de Lorena e John Bobbitt (lembram-se do pênis decepado?), o prédio em Manhattan que coleciona sucessivos e fracassados restaurantes... A maioria não é muito interessante mesmo.
A surpresa deve-se à atitude abertamente franca de Talese, figurão do new journalism, ao admitir --e relatar detalhadamente-- tantos fracassos (a reportagem sobre o casal Bobbitt, por exemplo, foi recusada de forma fria pela revista New Yorker quando Talese já era Talese).
Uma sinceridade pouco comum em grandes redações --jornalistas, por ofício, reportam e analisam fatos históricos, mas pouco participam deles; convivem com os "eleitos" da sociedade, mas raramente se tornam um deles; nem sempre este distanciamento é bem assimilado.
O trecho que achei mais interessante foi sobre a cobertura de Talese para o New York Times dos conflitos em Selma, cidadezinha do Alabama que, em 1965, abrigou uma histórica marcha pelos direitos civis. Além do relato em si, Talese faz uma profunda análise do evento e de seus atores --bruscamente interrompida pela policia estadual, a marcha foi um marco na luta contra o racismo, sobretudo por causa da cobertura da mídia; a TV levou para as salas norte-americamas as imagens de policiais brancos espancando negros que queriam apenas o mesmo eles: igualdade.
O livro é bom, é um texto que se lê com prazer --afinal, é Talese--, mas talvez seja indicado mais a jornalistas e escritores do que ao público em geral.
PS.: Como curiosidade, a história do casamento de Talese, em Roma, nos anos 1950, é simplesmente sensacional.
13:53 Escrito por fiume em Jornalismo, Literatura, Livros | Permalink | Comentários (0) | Tags: literatura, livros, jornalismo, new journalism | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Quarta, 30 Junho 2010
Brasil x Chile, 2010
Redação da Folha de S. Paulo
12:40 Escrito por fiume em Cotidiano, Esportes, Fotografia, Jornalismo | Permalink | Comentários (1) | Tags: cotidiano, esportes, fotografia, jornalismo, folha de s. paulo | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Quinta, 14 Janeiro 2010
Fama & Anonimato
Excelente...
Neste livro estão textos conhecidos de Gay Talese, como as crônicas da Nova York dos 1960 —uma delícia— e a reportagem sobre a construção da ponte Verrazano-Narrows, que liga o Brooklyn a Staten Island, em NY.
Talvez o mais famoso deles seja o perfil que Talese fez de Frank Sinatra, texto de 1965 que a revista Squire republicou em 2003 por considerá-lo o melhor de toda a sua história –a grande particularidade de Frank Sinatra está resfriado é que o cantor se recusou a conversar com Talese.
Pessoalmente, achei sensacional também o perfil do pugilista Floyd Patterson em O Perdedor.
PS.: Presente do Danilo e da Nanci.
13:04 Escrito por fiume em Jornalismo, Literatura, Livros | Permalink | Comentários (0) | Tags: livros | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Quarta, 11 Novembro 2009
Apagão
Blog Novo em Folha, 11nov2009
18:52 Escrito por fiume em Blog, Jornalismo | Permalink | Comentários (0) | Tags: jornalismo, blog | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Quarta, 09 Setembro 2009
experimento
experimento, experimento
22:11 Escrito por fiume em Jornalismo | Permalink | Comentários (0) | Tags: jornalismo | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Segunda, 17 Agosto 2009
A Sangue Frio
Não sei ao certo por que, depois de tantos anos em redações, só agora fui ler A Sangue Frio, de Truman Capote. O que dizer de um livro sobre o qual tanto já foi dito? Ele é tudo o que já foi dito...
17:17 Escrito por fiume em Jornalismo, Literatura, Livros | Permalink | Comentários (3) | Tags: livros | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Segunda, 10 Novembro 2008
Top news photographs
A revista Vanity Fair pôs em seu site uma lista do que seus editores consideram as 25 melhores fotografias noticiosas de todos os tempos. É uma lista, o que, naturalmente, a torna imperfeita.
Muitas delas você já terá visto, com certeza, pois realmente estão entre as melhores. É possível votar na sua preferida.
Escolhi uma para ilustrar o post, mas não significa que seja de fato a minha preferida —posso mudar de idéia amanhã...
South Vietnamese forces and terrified children, flee an accidental napalm drop on friendly territory, June 8, 1972. Nick Ut/AP Photo
Clique aqui para ver a lista completa.
23:46 Escrito por fiume em Fotografia, Jornalismo | Permalink | Comentários (0) | Tags: fotografia, jornalismo | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Sexta, 22 Agosto 2008
Visions of China, por Mike Powell
Salto com vara, masculino
Mike Powell for NEWSWEEK
Ana Paula, no vôlei de praia
Mike Powell for NEWSWEEK
Mike Powell em Visions of China, blog de fotógrafos da Newsweek sobre os Jogos de Pequim00:15 Escrito por fiume em Blog, Esportes, Fotografia, Jornalismo | Permalink | Comentários (0) | Tags: fotografia, jornalismo, blog, esportes | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Quinta, 21 Agosto 2008
360° em Pequim
O fotógrafo finlandês Kari Kuukka colocou em seu blog sobre os Jogos de Pequim uma imagem em 360° muito bacana para mostrar sua posição dentro do Ninho do Pássaro durante as provas de atletismo.
23:40 Escrito por fiume em Blog, Esportes, Fotografia, Jornalismo | Permalink | Comentários (0) | Tags: fotografia, jornalismo, blog, esportes | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Verissimos
Do escritor Luis Fernando Verissimo, hoje no Estadão:
O escritor Luis Fernando Verissimo relembra o pai, Erico. "Uma vez, após um enfarte, meu pai foi convidado a se candidatar à ABL e respondeu: "Mas eu já sou quase uma vaga!? Quando o amigo Vianna Moog insistiu, disse: 'Está bem, Moog. Vou me candidatar para a tua vaga'. Moog nunca mais tocou no assunto. Meu pai era contra qualquer tipo de formalidade". Verissimo, o filho, vai na mesma linha: "Eu não me candidato porque não tenho obra literária que mereça a honra nem o físico para o fardão, ainda mais depois que o (Moacyr) Scliar me contou que a gente não fica com a espada. Mas também tenho amigos lá dentro e respeito a instituição".
17:45 Escrito por fiume em Jornalismo, Literatura | Permalink | Comentários (0) | Tags: jornalismo, literatura | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Visions of China, por Vincent Laforet
Ange Mercie Jean Baptiste, judoca do Haiti
Photo by Vincent Laforet for NEWSWEEK
Tsuboi Gustavo, do Brasil (de verde), e Peter-Paul Pradeeban, do Canadá
Photo by Vincent Laforet for NEWSWEEK
Patrick Chila, da França, saca no jogo contra Janos Jacob
Photo by Vincent Laforet for NEWSWEEK
Vincent Laforet em Visions of China, blog de fotógrafos da Newsweek sobre os Jogos de Pequim
00:05 Escrito por fiume em Blog, Esportes, Fotografia, Jornalismo | Permalink | Comentários (0) | Tags: fotografia, jornalismo, blog, esportes | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Quarta, 20 Agosto 2008
Olympic Photo Blog
Tonya Verbeek, atleta canadense de luta livre, cuja roupa de baixo traz a frase: "Chutando bundas desde 1993, continuando em 2008!!!"
Steve Russel/Toronto Star
Olympic Photo Blog, sobre os Jogos de Pequim, do Toronto Star
01:00 Escrito por fiume em Blog, Esportes, Fotografia, Jornalismo | Permalink | Comentários (0) | Tags: fotografia, jornalismo, blog | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Terça, 19 Agosto 2008
Photographers
Yelena Isinbayeva quebra o recorde mundial de salto com vara em Pequim.
REUTERS/Dylan Martinez
Photographers, blog dos profissionais da agência Reuters
13:55 Escrito por fiume em Blog, Fotografia, Jornalismo | Permalink | Comentários (0) | Tags: fotografia, jornalismo, blog | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
The Games, Framed
Michael Phelps abraça a mãe e a irmã em meio a uma multidão de fotógrafos, após a oitava melhada de ouro.
Jonathan Newton/The Washington Post
The Games, Framed, blog sobre as Olimpíadas de Jonathan Newton, fotógrafo do Washington Post.00:15 Escrito por fiume em Blog, Fotografia, Jornalismo | Permalink | Comentários (0) | Tags: fotografia, jornalismo, blog | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Quinta, 14 Agosto 2008
Noor
18:53 Escrito por fiume em Fotografia, Jornalismo | Permalink | Comentários (0) | Tags: fotografia, jornalismo | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Quinta, 31 Julho 2008
FotoGlobo
Dias atrás, acho que mais ou menos um mês e meio, o Globo Online iniciou um blog voltado para fotografia. Chama-se FotoGlobo.
Traz as experiências dos profissionais do jornal carioca. Também são publicados textos sobre exposições, concursos e dicas sobre modos específicos de fotografia —gastronômica, por exemplo.
Mas talvez o mais importante para os leitores — e tenho certeza de que o mais divertido — são das fotos deles próprios, isto é, leitores, publicadas no blog. Pode-se mandar qualquer coisa, desde fotos "viajandonas" ou da festa de aniversário da família.
Nem tudo é publicado, naturalmente, pois a internet e a fotografia digital praticamente extingüiram limites para produção. Mas muito do que os leitores enviam aos repórteres-fotográficos do Globo é postado no blog.
O divertido é que os caras avaliam mesmo as fotos, sejam lá quais forem. Examinam enquadramento, composição, cores, foco, profundidade de campo, etc. E detonam. Principalmente um cara chamado Marcelo Carnaval. Ele é bem engraçado.
Quando a foto é boa eles também elogiam ou sugerem algo que poderia tê-la tornado melhor, como um corte diferente.
Se você quiser testar, mande um desafio para o Carnaval. Escolha uma foto e mande para os caras.
23:00 Escrito por fiume em Blog, Fotografia, Jornalismo | Permalink | Comentários (0) | Tags: fotografia | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Sexta, 23 Dezembro 2005
Responsabilidade coletiva
Estão cadastrados no Maxpress (www.maxpressnet.com.br), banco de dados sobre a imprensa bastante utilizado por empresas e assessorias de comunicação, 439 jornalistas que cobrem o terceiro setor em 177 veículos em todo o Brasil — alguns em mais de um deles. Não parece pouco.
É de fato uma área em crescimento. A Agência Repórter Social, por exemplo, registrou em 2005 aumento de mais de 100% no número de visitantes em seu site (www.reportersocial.com.br) e no de assinantes do serviço diário Agenda da Cidadania.
Nos últimos anos, os veículos de comunicação criaram seções especializadas em responsabilidade social. E muitos profissionais de comunicação deixaram a cobertura de áreas tradicionais, como economia ou política, por exemplo, para se tornarem setoristas de responsabilidade social.
Isso, na verdade, é um reflexo do própria sociedade brasileira. Mostra a dimensão de seu interesse sobre o que ela está fazendo por si mesma. Que perdure.
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Segunda, 07 Novembro 2005
Caixa 2
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