Terça, 27 Setembro 2005
De novo, no Rio Juquiá
Acho que foi a minha sexta vez. Fazer rafting é bacana. Aquela coisa de "vencer os obstáculos". Naturais, então, como as corredeiras, torna melhor a aventura. Foi no domingo, em Juquitiba -- um replay da primeira vez, em 1997; ou foi 1998?
Na verdade, o Rio Juquiá é meio calmo demais. Tem poucas corredeiras. Lembro que o Rio Jacaré, em Brotas, era bem mais complicado, assim como o Urubamba, no Peru -- era junho de 1999 e fazia um frio de rachar. O de Rio de Contas, em Itacaré, no ano passado, também foi bem legal.
Em Brotas, foi em 1998. Um bote (não o meu) virou na maior das quedas. Tinha uns 3 metros de altura e era bem vertical. Meu bote tinha acabado de passar pelo lado correto da queda e havia parado para esperar os outros. Pude ver, digamos, de camarote.
A galera caiu bem em cima de uma pedra, foi meio tenso. E dá-lhe instrutores se jogando na água pra buscar gente sendo levada pela correnteza. Deu tudo certo, mas o instrutor do bote se machucou. Menos mal, foi dele o erro. Entrou na parte errada da queda, de lado. Foi visível, até para quem, como eu, não entende nada do assunto.
Faltou São Luiz de Paraitinga na conta. Nem me lembro o ano. É como em Juquitiba, sem muitas corredeiras. Mas foi ali a única vez em que caí do bote. Acho que por excesso de confiança.
De qualquer forma, ainda está Fiume 5 x 1 Corredeiras.
PS.: Todas as fotos são de domingo passado.
22:35 Escrito por fiume em Aventura | Permalink | Comentários (2) | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Segunda, 12 Setembro 2005
Uma calma de verão
Taí um filme bem didático. Coisa Mais Linda, documentário de Paulo Thiago, não é nada inovador – é até bem careta na linguagem. É apenas uma história (ou várias) bem contada. Bacana de ver. Estão lá o banquinho, a tardinha, o Rio...
O filme mostra, na verdade, a periferia da bossa nova para contar como ela nasceu, nos anos 1950, até o auge, em 1962, com o concerto no Carnegie Hall.
Tom Jobim, João Gilberto, Vinícius de Moraes foram maiores do que ela. Todos os conhecem. São gênios. Não ficaram restritos ao estilo. Mas vários outros cantores e compositores ficaram, o que não significa que não tiveram importância no gênero, apesar de muitos deles não serem muito conhecidos atualmente. (Ou você sabe qual era a zaga da seleção campeã de 62? Mas sabe que o ponta-direita era o Garrincha, não?) Confesso que não conhecia muitos desses autores periféricos, como Durval Ferreira e Bebeto.
A partir de dois “zagueiros”, Carlos Lyra e Roberto Menescal, o documentário vai mostrando, ponto a ponto, como e por que a bossa nova surgiu, quem fazia o quê. Eles vão contando suas histórias, intercaladas pelas de outros músicos, por entrevistas com alguns conhecedores – um deles o mala do Nelson Motta – e por imagens da época. Descobrimos ali como surgiram o banquinho, o barquinho, o modo de cantar baixinho, as batidas de violão.
Alguns histórias são divertidas, tudo no filme é muito leve, naquele ritmo de calma de verão, como a própria bossa. É engraçada a parte do único dos bambambãs ainda vivo. O máximo que o diretor conseguiu foi filmar o prédio em que o gênio recluso mora.
Ah, além de tudo, tem, é claro, a própria bossa nova, o gênero musical do jeito que o Brasil queria ser .
PS.: A zaga de 62 eram o Mauro e Zózimo. Tive de pesquisar.
21:40 Escrito por fiume em Filme | Permalink | Comentários (2) | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir
Quinta, 08 Setembro 2005
2 Filhos de Francisco
Como andei lendo por aí nas críticas do filme, é preciso mesmo enfrentar preconceitos. Não tenho a menor paciência para música sertaneja. Simplesmente não faz meu estilo. Ponto.
Mas de tanto ouvir falar bem sobre 2 Filhos de Francisco – de amigos, dos jornais, dos sites, etc – fui assistir ao filme. E não é que é bom! Bom mesmo. Não é tão piegas (preste atenção no “tão). É claro que mostra a vida de miséria que os dois e a família levavam e isso é de fato sentimental. Mas não tem ali grande sentimentalismo.
Fiquei até com uma impressão bem melhor das duplas sertanejas. E desta dupla em especial. Eu nem sabia que o Luciano é tão mais novo que o Zezé. Já havia entrevistado os dois, certa vez, no primeiro show que fizeram depois do desfecho do seqüestro do irmão. Foram simpáticos. Mas trabalho é trabalho e o tema não era muito agradável – pena de morte, prisão perpétua...
O melhor é que não é um filme sobre música sertaneja. É a história do seu Francisco e como ele, um agricultor sonhador e persistente, construiu o sucesso dos filhos. E essa história vale mesmo um filme. Caboclo teimoso esse Francisco.
A produção é muito bem-cuidada. Todos os atores estão bem. O próprio Angelo Antonio está muito, muito bem. Os garotos que arrumaram também são ótimos. E o José Dumont como Miranda, o empresário picareta, está perfeito. Muito engraçado mesmo. Fiquei até imaginado que fim terá levado o tal Miranda.
O filme está fazendo um bocado de sucesso. Daqui a pouco vão querer indicá-lo como representante brasileiro no Oscar. Mas aí já é demais...
22:20 Escrito por fiume em Filme | Permalink | Comentários (1) | | del.icio.us | | Digg | Facebook | | Imprimir