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Sexta, 27 Janeiro 2006

Cada louco...

Desculpem-me, mas é engraçado. Da Reuters:

Prometendo destruir Jesus do ponto de vista histórico, um ateu italiano levou sua cruzada profana à Justiça na sexta-feira, abrindo um processo para que se comprove ou não a existência de Cristo. “Jesus é ficção”, disse Luigi Cascioli. “A Igreja está enganando as pessoas, e deve ser responsabilizada.”Cascioli evocou a chamada lei do “Abuso di Credulitá Popolare” (abuso da fé pública) contra um conterrâneo que foi seu colega durante a rápida passagem dele por um seminário católico, há cerca de 60 anos. Enquanto Cascioli se tornou um ateu convicto, seu amigo Enrico Righi virou padre e articulista de um jornal católico local.

Ele diz que Righi, numa edição de 2002 na qual escreveu sobre “o homem” Jesus, violou a lei italiana, por não ter provas da existência histórica de Cristo. Após a audiência preliminar de sexta-feira, o juiz deve decidir se admitirá o processo, o que é pouco provável num país tão católico quanto a Itália.

Com seu jeito de acadêmico, óculos de aros marrons pendurados em volta do pescoço, Cascioli brandiu seu livro “A Fábula de Cristo” diante da multidão de jornalistas reunidos no tribunal. “Mostro em meu livro que Cristo não existiu. Eles (a Igreja) não têm nada. Nenhuma prova de que ele existiu”, afirmou.

Para Cascioli, a Igreja construiu o personagem de Jesus a partir da personalidade de João de Gamala, um judeu do século 1, que combateu os romanos.

Righi, que se aposenta em poucos dias, não foi ao tribunal na sexta-feira — enviou seu advogado. “Ele está muito triste, muito triste”, disse seu irmão, Luigi Righi. “Não só pelo processo, mas porque ele e Cascioli eram amigos.”

Ambos são da pequena Bagnoregio, nos arredores de Viterbo, ao norte de Roma. O advogado de Righi, Bruno Severo, disse estar confiante no arquivamento do caso. “Mas talvez Cascioli venda mais exemplares do seu livro”, comentou.

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Segunda, 23 Janeiro 2006

Que viva o imperador...

37° no termômetro da Henrique Schaumann. Depois de sushi à sombra das árvores no Sumaré, me abrigo no ar condicionado do Arteplex e nas paisagens gélicas de A Marcha do Imperador

Não sei dizer se foi o melhor documentário que já vi. Mas com certeza foi o mais bonito.

As paisagens do filme de Jean Luc Jacquet são magníficas. E, de fato, a vida do pingüim imperador vale um romance. A idéia de misturá-los (vida e drama) como forma narrativa para mostrar como eles vivem — e sobrevivem — no mais inóspito dos hábitats funciona perfeitamente. Não por acaso foi o segundo documentário mais visto de todos os tempos, atrás apenas de Fahrenheit 9/11, de Michael Moore.

No deserto branco, o embate entre a vida e o inverno é tocante. Quem vencerá?

[Ao som de: Nina Simone / The Best of (s/d; Sum Records), em homenagem ao Pedro]

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Terça, 17 Janeiro 2006

A tela*

Uma coisa curiosa tem me acontecido praticamente todos os dias. É uma bobagem, reconheço, mas não consigo deixar de reparar. Talvez seja um bom exemplo do poder da mídia. Já chego lá.

Tem coisa mais sem graça do que papo de elevador? Puxa, aquela conversinha mole que a gente escuta meio com a orelha de lado naqueles poucos segundos que parecem não passar é de lascar. Tem sempre alguém dizendo como seu fim de semana foi chato ou detalhando uma receita culinária ou contando uma piada meio preconceituosa.

Mas existe algo que empata. Silêncio de elevador. Eu entro e sempre topo com aquele sujeito com cara de bobo que, claro, não tenho a menor idéia de quem seja. Mas o fulano toda vez me cumprimenta. E sabe meu nome! “Bom dia, Rodrigo! Como vai?” E eu ali, sorrisinho de lado, botando os neurônios para processar, mas eles sempre travam antes de me dizer quem é o cara. Morro de medo de o sujeito perceber que não tenho a menor idéia de quem ele seja. Resta-me ficar em silêncio.

E não é que descolei um elevador à prova de papo furado e de silêncio constrangedor? É no prédio onde fica o escritório da Reuters, colado à Ponte João Dias, em São Paulo.

Cada elevador do edifício tem uma tela LCD conectada ao Portal Terra. Ou seja, você viaja até seu andar acompanhando as últimas notícias e, naturalmente, alguma publicidade.

Não tem ninguém que não cole os olhos na telinha. Sério. Parece hipnose. Ninguém fala. No máximo, alguém solta um comentário para o colega já quando estão saindo — “Esse Baixinho é foda. Renovou com o Vasco!”

Me divirto todos os dias reparando nas pessoas com a cabeça meio para cima, vidradas no monitor. Só que fiquei meio encucado. Será que nem no elevador conseguimos nos livrar desta escravidão?

Se estamos parados no semáforo e há um painel eletrônico, o que fazemos? Voltamos nossos olhos, sem perceber, para aquela telona. Em casa então nem se fala… A TV é soberana.

Os brasileiros passam em média 18,4 horas por semana assistindo à programação televisiva, segundo pesquisa do NOP World Report Reports Worldwide, instituto que elabora rankings sobre comportamentos do mercado mundial — se você achou pouco, saiba que o mesmo levantamento, de 2005, mostra que gastamos apenas 5,2 horas por semana com leitura, um dos índices mais baixos da lista de 30 países pesquisados.

Sem falar na telinha do computador, do palm, do celular, da câmera digital. E, depois da TV a cabo, do plasma e do LCD, ainda vem por aí a TV de alta definição. Putz, meu caro, acho que já fodeu de vez…

[Ao som de: Bebel Gilberto (2004; Ziriguiboom/Crammed Discs)]

*Inicialmente postado em O Garganta de Fogo

11:20 Escrito por fiume em Sociedade, Tecnologia | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Domingo, 15 Janeiro 2006

Lua cheia na Vila

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01:50 Escrito por fiume em Fotografia, Vila Madalena | Permalink | Comentários (0) | Tags: fotografia, vila madalena | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

De Juquehy ao Tietê*

Passei o fim de semana em Juquehy, praia bacana no litoral norte de São Paulo. Foi ótimo, diga-se. O lance foi a volta, na segunda-feira de manhã. É estranho passar pela Anchieta-Imigrantes. Depois da inauguração das novas pistas há uns 2 anos, o sistema ficou ainda mais impressionante.

medium_juquehy.5.jpg
Clique na foto

Ao subir a Serra do Mar, vê-se um enorme complexo de pistas suspensas, encravadas no meio da mata preservada da reserva. Sem falar dos longos túneis que transpassam a montanha. No início da via, avista-se bem lá no alto o trajeto de curvas a percorrer; já em cima, bem lá embaixo o percurso vencido. Engenharia em seu sentido mais nobre. Às vezes fico extasiado com a capacidade humana.

 

O “estranho” a que me referi ali em cima é o que se vê além e depois disso. E por que motivo conseguimos construir algo tão impressionante e, ao mesmo tempo, o que há em seguida.

 

De início, cruza-se Cubatão. Preciso dizer algo? Além do complexo industrial e suas inúmeras chaminés erguidos no pé da serra, existem no meio dela os chamados bairros Cota, áreas de ocupação desordenada, sem infra-estrutura adequada. São, digamos, difíceis de ver — imagine então viver lá, entre a autopista de alta velocidade e fluxo intenso, o maior complexo industrial do País e uma serra coberta de vegetação. Sem falar no dano ambiental já causado e o que está por vir, pois essas ocupações não param de crescer.

 

Quase no fim da Imigrantes, aparece a Represa Billings, de onde se tira água para 1,2 milhão de pessoas no ABC. Em suas margens, ocupações, ocupações, ocupações… Quase todas irregulares, claro. Você deixaria perto do seu filtro algo que sujasse a água que você bebe? Pois é…

 

No caminho de casa, pego a Marginal do Pinheiros. O rio malcheiroso vai dar em seu colega urbano, o Tietê, hoje um rio totalmente canalizado em seu trecho na capital — por sorte, não preciso pegar a Marginal do Tietê.

Você sabia que o Tietê corre para o interior do País? Inacreditavelmente, a maior, mais populosa, mais industrial e mais poluidora cidade do Brasil despeja seus dejetos num rio que não vai para o mar. Em resumo, São Paulo não consegue nem se livrar da própria merda.

No Brasil é tão fácil estragar um fim de semana perfeito…

[Ao som de: Tom Canta Vinicius (2000; Jobim Music)]

* Inicialmente postado em O Garganta de Fogo

00:55 Escrito por fiume em Sociedade, Viagem | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Sábado, 14 Janeiro 2006

Geometria — 5

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Detalhe da grade do portão da antiga Estação Ferroviária de Goiânia, construída em estilo art déco. Foi inaugurada em 1954.

 

 

11:20 Escrito por fiume em Artes | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Sexta, 13 Janeiro 2006

Geometria — 4

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Janela lateral do Teatro Goiânia

 

 

11:20 Escrito por fiume em Artes | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Quinta, 12 Janeiro 2006

Bento, o dono da verdade

Da Reuters:

Em seu discurso, o papa disse que a defesa do casamento tradicional “não é uma peculiaridade dos ensinamentos morais católicos, mas sim parte de uma verdade elementar referente à humanidade”.

Ele disse que seria um “grave erro” reconhecer legalmente “outras formas de união”.

14:38 Escrito por fiume em Religião, Sociedade | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Geometria — 3

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Detalhe da lateral do Teatro Goiânia

01:15 Escrito por fiume em Artes | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Quarta, 11 Janeiro 2006

Geometria — 2

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Detalhe da fachada do Teatro Goiânia

01:15 Escrito por fiume em Artes | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Terça, 10 Janeiro 2006

Geometria

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Detalhe da bilheteria do Teatro Goiânia, inaugurado em 1942. Construído em estilo art déco.

01:09 Escrito por fiume em Artes | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Sexta, 30 Dezembro 2005

BarDoZé.Com

Um novo software para pequenas empresas da família Office, da Microsoft, terá uma novidade bacana. Fornecerá o seu próprio domain name — nome de domínio; aquilo que vem antes do .com em um site. E de graça. Já está em testes nos Estados Unidos.

 

Ou seja, qualquer empresazinha — o Bar do Zé, por exemplo — pode ter a sua própria página na internet, com uma aparência bem profissional. Inclui o endereço (www.BarDoZe.com) e contas de email (Ze@BarDoZe.com e MulherDoZe@BarDoZe.com). Claro, aparecerão anúncios na página — a menos que o Zé pague pela versão sem anúncios. Mas acho que o Zé não vai se importar não. 

00:05 Escrito por fiume em Web | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Quinta, 29 Dezembro 2005

O walkman

Em 1987, comprei um walkman. Eu tinha 16 anos. Era bacanérrimo! Prendia-o na cintura e rodava a cidade em minha Caloi Cruiser.  Tocou de tudo nele. Smiths, Police, Cure, U2, Chico, Caetano, Tom e por aí vai. 

 

Foi mesmo uma revolução musical. Ou melhor, uma libertação. Bastava atá-lo à calça e pronto: o som ia a qualquer lugar.

 

Em 1996,  já na época do discman, comprei outro. Sei lá. Estava no free shop, olhei pra ele e levei. Esqueci na gaveta no jornal e, puf!, foi alegrar a vida de um mal pago e larápio funcionário.

 

O walkman, criado pela Sony em 1979 (só mais tarde se soube que um brasileiro meio maluco já o havia inventado), foi eleito pela revista PC World a engenhoca tecnológica dos últimos 50 anos. Bateu o Ipod (o 2º colocado), o PalmPilot (4º) e até o CD player (5º).  Clique para ver a lista completa

01:02 Escrito por fiume em Tecnologia | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Terça, 27 Dezembro 2005

A lista da Bravo!

A revista Bravo!, da Editora Abril, lançou número comemorativo de sua 100ª edição. Traz listas das 100 melhores produções em cada uma das áreas abordadas no período, isto é, desde outubro de 1997. Cidade de Deus encabeça a de filmes. É uma lista coerente, mas tem coisas, claro, duvidosas. Fale com Ela, por exemplo, está à frente de Tudo Sobre Minhã Mãe — 3º ante 22º. Ambos são de Pedro Almodóvar e ambos são magníficos. Mas a ordem parece invertida.

 

Adaptação é o 100º. Se for para citar Charlie Kaufman (no caso dele vale mais o roteirista do que o diretor), melhor seria Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, que não aparece no ranking. Adaptação é bacana, mas no final vira um trilher policial bem safado. Ou seja, cede completamente ao "cinemão".

 

Cinemão mesmo, daquele lá de Roliúde e com muitos efeitos especiais, aparecem Kill Bill (volumes 1 e 2, claro, pois se trata de um único filme), de Quentin Tarantino, em 14º e Sin City, de Frank Miller e Robert Rodriguez, em 95º. Sobre Kill Bill, eu não sei não. Acho o filme uma bobagem. São apenas lutas coreografadas misturadas a faroeste e quadrinhos. Já Sin City vale mesmo estar lá.

 

Gostei da inclusão de Tempestade de Gelo (55º), um filme tão bonito quanto pouco comentado. É do Ang Lee.

 

Há poucas comédias. Entre elas As Confissões de Schmidt (56º), que é engraçadinho, mas daí a figurar em qualquer lista...

 

Outras estranhezas: E Aí, Meu Irmão. Cadê Você?, dos irmãos Cohen, em 23º; O Show de Truman, de Peter Weir, em 72º; Amarelo Manga, do brasileiro Cláudio Assis, em 90º (que é um filme bem exagerado).

23:55 Escrito por fiume em Filme | Permalink | Comentários (1) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Segunda, 26 Dezembro 2005

Gustavo e o dicionário

Gustavo é mesmo um dos caras mais engraçados que eu já conheci. De River Run:

Dicionário Básico de Frases Femininas e Masculinas — um Guia para Discutir o Relacionamento

17:05 Escrito por fiume em Blog | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Sexta, 23 Dezembro 2005

Outra do PT

Interessante post do Blog do Josias, na Folha Online, mostra que, na hora de embolsar o dinheiro público, mesmo que legalmente, o PT rasga seu próprio estatuto.

15:35 Escrito por fiume em Blog, Sociedade | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Responsabilidade coletiva

Estão cadastrados no Maxpress (www.maxpressnet.com.br), banco de dados sobre a imprensa bastante utilizado por empresas e assessorias de comunicação, 439 jornalistas que cobrem o terceiro setor em 177 veículos em todo o Brasil — alguns em mais de um deles. Não parece pouco.

 

É de fato uma área em crescimento. A Agência Repórter Social, por exemplo, registrou em 2005 aumento de mais de 100% no número de visitantes em seu site (www.reportersocial.com.br) e no de assinantes do serviço diário Agenda da  Cidadania.

 

Nos últimos anos, os veículos de comunicação criaram seções especializadas em responsabilidade social. E muitos profissionais de comunicação deixaram a cobertura de áreas tradicionais, como economia ou política, por exemplo, para se tornarem setoristas de responsabilidade social.

 

Isso, na verdade, é um reflexo do própria sociedade brasileira. Mostra a dimensão de seu interesse sobre o que ela está fazendo por si mesma. Que perdure.

15:15 Escrito por fiume em Jornalismo, Sociedade | Permalink | Comentários (1) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Terça, 08 Novembro 2005

O contador – 2

É assustador descobrir o quanto o Brasil é um país com uma educação deficiente. Recebi uma carta do presidente da associação de docentes de uma universidade federal no interior de Minas em que ele faz algumas considerações sobre uma reportagem e, por fim, parabeniza o Estadão pela qualidade cecular do jornal. Um professor universitário!

 

O contador de visitas que instalei no blog – que até já foi assunto de um post (ver O contador) – também me deu um exemplo curioso dessa deficiência. Ele mostra, entre outras coisas, como o visitante entrou no blog. Muitos o fizeram por meio de sites de buscas.

 

E muitos destes estavam pesquisando sobre filmes em geral ou específicos. O problema, para o meu espanto, é que várias escreveram fiume em vez de filme. Exemplos (as palavras grifadas são exatamente as digitadas):

 

De Brasília, via MSN: fiume de aventuras.

Do Rio, via Cadê: sexo em fiume.

De Tanque, no Espírito Santo, via Google: de volta a terra do nunca o fiume.

De Campo Grande, pelo Google: fiume de sexo.

De São Paulo, pelo Google: fabrica de chocolate o fiume.

De São Paulo, via Google: o fiume zorro.

De Brasília, pelo Google: fiume de um morto muito louco.

De São Paulo, pelo Google: um  fiume  de  carro.

De Xaxim (PR), via Cadê: fotos do fiume quarteto fantastico.

De Santos, pelo Google: sexo fiume.

De Ourinhos (SP), Google: fiume de carro.

De Brasília, Google (pelo visto, ele queria uma cópia pirata): fiume 2 filhos de francisco para baixar.

De São Paulo, Google: fiume do mickey.

De Goiânia, pelo Google: fiume sexo.

De São Paulo, Google: fiume de guy.

De São Luís, no Acre, pelo Google: mulher gato o fiume.

De São Paulo, pelo buscador do Terra: fiume de hoje no cinema.

Do Rio de Janeiro, Google: quarteto fantastico o fiume.

De Hamamatsu, no Japão (estava longe o cara, não?), pelo MSN: fiume de sexo.

Do Rio, pelo MSN: dvd fiume.

De São Paulo, pelo MSN: ver fiume sexo.

Do Rio, pelo Google: fiume 2 filho de francisco.

De São Paulo, via MSN: fiume de sexo.

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Segunda, 07 Novembro 2005

Caixa 2

Jean, da Folha. Gostei da lágrima do Lula:
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15:54 Escrito por fiume em Jornalismo, Sociedade | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Domingo, 06 Novembro 2005

De volta pra casa

Gosto, particularmente, de viagens pessoais. Por isso me interessei por Hora de Voltar, filme idependente dirigido e roteirizado por Zach Braff, um cara que faz a série televisiva Scrubs – que eu nunca vi. É dele também o papel principal.

 

No filme, Braff é um jovem ator de TV em Los Angeles não muito bem-sucedido, que vive permanentemente num estado letárgico por conta dos medicamentos que usa, prescrevidos pelo próprio pai psiquiatra. Ou seja, o pai ainda mantém grande domínio sobre o filho. Volta para casa, em Nova Jersey, após 9 anos de ausência, para o enterro da mãe tetraplégica.

 

Começa aí sua viagem pessoal. Na sua pacata cidade natal, ele reencontra velhos amigos, faz uma nova amizade e exorciza velhos fantasmas. Não é nada criativo, reconheço. Mas o filme não é ruim. Talvez o defeito é que seja uma viagem juvenil demais.

 

Hora de Voltar tem um ritmo lento, mas contínuo, uma trilha sonora que casa bem com essa lentidão e atores que dão boa veracidade aos personagens, entre eles Ian Holm, como o pai, e o próprio Braff. Mas o destaque é mesmo Natalie Portman, como uma mentirosa compulsiva.

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Sábado, 05 Novembro 2005

Noblat – 2

Não é que estreou? Blog do Noblat

12:15 Escrito por fiume em Blog, Jornalismo, Web | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Isto é Brasil

A história todos se lembram. Passou ao vivo na TV. Foi mesmo um show. Depois de um assalto frustrado, Sandro do Nascimento manteve reféns os passageiros de um ônibus durante um cerco policial no Jardim Botânico, no Rio. O desfecho provocado pela incompetência da polícia: seqüestrador e uma refém mortos – a professora Geisa Firmo Gonçalves, de 20 anos.

 

Todo mundo que viu odiou o cara. Estava lá um marginal, um criminoso mesmo, com um berro na cabeça de pessoas inocentes. Era simples. Merecia estar morto. Ponto.

 

O problema é que não é tão simples assim. E não é questão de defender bandido.

 

Ônibus 174, documentário de José Padilha lançado em 2002, mostra por quê. É genial. É uma reportagem minuciosa, detalhada. Vai intercalando as cenas malditas no ônibus com entrevistas – policiais que participaram da trapalhada operação, jornalistas e cinegrafistas que fizeram a cobertura, analistas, comparsas de Sandro, parentes, as vítimas do seqüestro –, cenas de reformatórios juvenis e prisões e trechos de documentos dessas instituições.

 

Está tudo ali no filme. Todas as causas desta tragédia, aquelas mesmas de sempre: miséria, desigualdade, despreparo policial, incompetência política. Nossa incompetência.

 

Sandro faria 22 anos em 2000, quando ocorreu o episódio. Não sabia ler nem escrever; nunca tinha trabalhado. Aos 10 anos, assistiu a uma cena grotesca: sua mãe, grávida de gêmeos, foi degolada num bar. Foi viver na rua. Roubava. Cheirava cola e coca. Em 1993, era um dos meninos de rua que dormiam sob uma marquise na Candelária. Viu 8 de seus colegas serem assassinados a tiros por policiais militares. Sobreviveu. Fugiu de reformatórios e prisões.

 

Tudo isso culminou ali, no episódio do seqüestro, um grito para todo o País. Ou consertamos um monte de coisas e cuidamos bem de nossos cidadãos ou vamos continuar jogando em covas Sandros e Geisas.

 

Ônibus 174 é um filme que deve, obrigatoriamente, ser visto. Escancara na tela por que o Brasil é o Brasil. De um ponto de vista jornalístico ou cinematográfico, Sandro é um belo personagem. De um ponto de vista da realidade, Sandro é um personagem esplêndido. Infelizmente.

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Sexta, 04 Novembro 2005

O caixa 2 do PT é seu

Se for de fato verdade – e provavelmente é –, tudo o que o relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse nos últimos 2 dias significará uma só coisa: o dinheiro que abasteceu o caixa 2 do PT veio de seu, do meu, do nosso bolso.

22:37 Escrito por fiume em Sociedade | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Noblat

Adiada a estréia do blog de Ricardo Noblat no Portal Estadão. Estava prevista para este domingo, mas houve problemas técnicos de hospedagem.

16:45 Escrito por fiume em Blog, Jornalismo, Web | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Sobre Lula e Bush

(...) – se eles estão no caminho certo da história, se eles descobriram qual o rumo certo do desenvolvimento do mundo, o que importa revelar identidade de agente secreto ou saquear o estado e subornar parlamentares? É tudo para um bem comum. Agora, têm de responder por ilegalidade que realmente talvez eles nem compreendam. (...)

 

Copiado descaradamente de River Run

15:25 Escrito por fiume em Blog, Sociedade | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Quinta, 03 Novembro 2005

Tradição italiana?

A proposta é velha, mas está no site do diário italiano Corriere della Sera. Por conta da crescente queda no número de padres, um sacerdote de Bologna pede que a Igreja Católica abra o debate sobre o fim do celibato para os religiosos. Não seria para qualquer um. Apenas os homens casados de comprovada fé, etc, etc, etc... O site pergunta aos seus leitores se eles concordam.  É curioso porque a Itália é o mais tradicional dos países católicos.

Resultado final, com 7.129 votantes:

Sì - 67.61%
No - 32.39%
 

20:08 Escrito por fiume em Religião | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

O monstro é humano

No início de A Queda, Traudl Junge diz: "Sinto que deveria estar brava com aquela jovem ou que não deveria perdoá-la por não se dar conta dos horrores do monstro, por não se dar conta de onde estava se metendo. A curiosidade me dominou. Eu simplesmente não pensei que o destino me levaria a um lugar onde eu não queria estar. Mesmo assim, é muito difícil me perdoar por ter feito aquilo." É um depoimento sincero. Quem o faz é a idosa sobre a jovem – ela própria – que aos 22 anos se tornou a secretária pessoal de Adolf Hitler, em 1944.

 

O depoimento introduz o filme em si – e é também seu desfecho: "Ser jovem não era desculpa". A partir da história de Traudl – que seguiu com a vida, morrendo em 2002 –, A Queda recria o desfecho da potência alemã. Mostra Hitler em seus últimos momentos, recluso no bunker sob a Chancelaria Alemã, enquanto o exército russo vai conquistando Berlim.

 

O interessante é como Hitler é mostrado. O filme dá-lhe uma dimensão humana. Ele é amável com a secretária, com suas assistentes, beija sua pastora alemã. Mas está enlouquecido com a derrota iminente. Despeja ordens aos berros, mostra seu ódio contra os judeus, manda executar o oficial de ligação com o ministro do Interior, porque este está tentando negociar uma rendição – o oficial é cunhado de sua mulher, Eva Brown. Recusa-se sempre a deixar Berlim. O ator que o interpreta, Bruno Ganz, é espetacular. Faz um Hitler banal, bem longe do estereótipo demoníaco.

 

A cada notícia sobre o avanço russo, um desespero frio toma conta do bunker. Eva conclama todos a dançar, muitos oficiais estão bêbados, outros discutem formas de suicídio. A cena que recria o destino dos seis filhos do ministro da Propaganda, Josef Goebbels, é impressionante.

 

Fora do bunker, o bombardeio russo é incessante e as milícias da SS executam supostos desertores e cidadãos fugitivos. Berlim está em ruínas.

 

Imagino uma guerra como o mais real dos pesadelos. A Queda, que ganhou o subtítulo As Últimas Horas de Hitler, mostra o Führer vivendo, enfim, o seu. É um filme genial.

00:10 Escrito por fiume em Filme | Permalink | Comentários (0) | |  del.icio.us | | Digg! Digg |  Facebook | |  Imprimir

Quarta, 02 Novembro 2005

Moreira Leite e Noblat

O Estado contratou Paulo Moreira Leite (ex-Veja, ex-Época, ex-Diário de S. Paulo). E Ricardo Noblat (ex-Correio Brasiliense, ex-IG) estréia coluna no jornal e seu blog no Portal Estadão, ambos no domingo.

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O visual é o destaque

É divertido. Mas não tão engraçado. O enredo de A Noiva-Cadáver, de Tim Burton e Mike Johnson, é tão simples que fica fácil demais saber o caminho que ele vai seguir. O sujeito tímido vai se casar com uma noiva que não conhece, por interesse das famílias de ambos, mas se atrapalha e acaba se casando com uma mulher morta que foi vítima de um feitiço.

 

Para quem já viu os filmes de Burton, não há nada de muito diferente. As canções atrapalham um pouco, mas reconheço que este é uma questão particular – não curto cantorias.

 

O melhor ficou por conta do visual rico obtido com a técnica de animação stop motion – os traços dos personagens são quase todos genialmente grotescos –; algumas piadas – mórbidas, claro –; e as ótimas interpretações de Helena Bonham Carter, Johnny Depp, Emily Watson e Christopher Lee.

 

Mas, como todos os filmes de Burton, tende a se tornar um cult. 

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Terça, 01 Novembro 2005

Feliz 1993

Bilhete manuscrito endereçado ao jornalista Clóvis Rossi, da Folha, na época da queda de Fernando Collor:

Nossa expectativa era retirá-lo algemado da Casa da Dinda. Conseguimos, até o momento, a renúncia. Valeu a luta e o sabor da vitória de resgatar a ética na política.

Feliz 1993

Aloizio Mercadante

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